história

Bebê abandonada na frente de casa no Bairro Itararé ganha nova família

Thays Ceretta

Foto: Renan Mattos (Diário)
Recém-nascida deixada na porta da casa da camareira Leci Peres, em outubro, foi adotada por uma família depois de um mês. Ela lamenta não ter ficado com nenhuma lembrança: "Criei um vínculo"

A história da recém-nascida abandonada em uma casa no Bairro Itararé teve um desfecho. Depois de ficar internada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) quatro dias para acompanhamento de saúde, a bebê foi levada para o Lar de Mirian e Mãe Celita e, um mês depois, ganhou uma nova família.

O caso estava sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente (DPCA). Conforme a delegada Luiza Santos Souza, a investigação está em aberto porque a mãe nem ninguém da família foi encontrado.

Bebê que foi abandonada deixa o Hospital Universitário de Santa Maria

- Na realidade, a investigação fica em aberto, se surgir algo novo, alguém nos avisa - explica Luiza.

A bebê foi levada para o lar enquanto a investigação e o processo de adoção estavam em andamento. Após um mês, foi adotada por uma família, cuja identidade não é revelada.

- Só posso dizer que ela chegou bem aqui, estava tudo bem com a saúde dela - conta Denise Parodi, coordenadora técnica do Lar de Mirian.

O CASO
Na noite de 25 de setembro, a camareira Leci da Rosa Peres, 45 anos, foi surpreendida. Uma bebê foi deixada na varanda de sua casa. A cachorrinha da família, Mel, percebeu a presença da recém-nascida na residência da Rua Barros Cassal, Bairro Itararé. A neta de 10 anos foi a primeira a ver a menina. Leci ligou para a Brigada Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

A criança estava enrolada em um lençol e foi abandonada com horas de vida, pois ainda tinha o cordão umbilical. A bebê pesava 3,5 quilos.

Moradora de Santa Maria conta como encontrou recém-nascida abandonada na porta de sua casa

Depois de ter tido contato, mesmo que rápido com a criança, Leci ficou preocupada com a menina. Ligava todos os dias para o hospital para saber o estado e saúde dela. Por questões judiciais, não foi possível visitá-la no Husm nem no abrigo, mas a vontade de adotar a pequena continuou forte.

- Fiquei muito triste por não poder visitar a menina no hospital nem no lar. Querendo ou não, criei um vínculo, ela faz parte da minha história, queria uma foto dela pelo menos, mas não foi possível - lamenta Leci, que gostaria de adotar a bebê, mas ficou feliz em saber que ele ganhou uma nova família.

O processo do caso de abandono ocorre em segredo de justiça na Vara da Infância e Juventude. A reportagem encontrou em contato por telefone com a assessoria e por e-mail, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

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